Em bem cuidada edição de Ana Luisa Escorel, as cartas que Mário de Andrade e o fazendeiro Pio Lourenço Corrêa trocaram durante 30 anos. Traz introdução de Gilda de Mello e Souza e nota biográfica de Antonio Candido, com estabelecimento de texto de Denise Guaragna. Foi na casa de Pio, em Araraquara, onde costumava passar temporadas, que Mário escreveu Macunaíma. Embora tão díspares, os dois amigos gostavam de discutir etimologia e filologia: Mário era modernista, Pio tradicionalista. Peça importante da epistolografia do mais importante correspondente literário que já houve entre nós. Iconografia farta e de primeira qualidade.