O mundo é feito de pontos.
São muitos se forem pontos de vista.
Poucos se forem pontos estratégicos.
Muito úmidos se forem pontos de chuva.
O mais gostoso é ponto de encontro, mas às vezes desencontra.
Os pontos de luz, um homem e uma mulher nus.
Todos são pontos.
O caminho entre dois uma reta.
Uma linha.
Um caminho que caminha sozinho.
Fim da linha.
Ou do fio.
Fio da meada é na conversa.
Conversas são feitas de pontos de enfoque.
O palco também.
Amores são pontos em comum.
Os pontos são um.
(Poema sem título, Cupido: Cuspido, Escarrado, 2004)