No momento em que o Brasil e quase todos os países do mundo enfrentam uma crise, da qual uma das maiores conseqüências são os altos índices de desempregos, e quando a nova organização internacional da economia vem pressupondo a integração de grandes contingentes humanos ao sistema capitalista pela miséria (o famoso eufemismo dos excluídos!), nenhum plano econômico pode ser sério ou democrático se não tiver como um de seus eixos uma política de geração de empregos.
Reduzir uma política ou plano econômico a um mero congelamento cambial e criação de uma nova moeda, sem mexer nas razões estruturais da inflação é capitular frente ao FMI, e aprofundar a concentração de rendas. Em outras palavras, é aumentar ainda mais o chamado apartheid social.
Do mesmo modo, o que pode qualificar um projeto nacional de desenvolvimento são suas políticas sociais. E aqui também a geração de empregos acompanhada de uma política de salários é fundamental. Articuladas a outras políticas serão elas que responderão para que e para quem o desenvolvimento.
Preocupada com isto, Teoria & Debate convidou dois economistas para tratar do assunto. Jorge Eduardo Mattoso e Sérgio Goldenstein participaram da elaboração do programa "Mais e melhores empregos para os brasileiros ", transmitido pelo PT via TV Executiva fio último mês de junho, e do qual Mattoso foi coordenador.
Desemprego, ponta do iceberg, por Jorge Eduardo Mattoso
Empregos, o principal desafio, por Sérgio Goldenstein